“Neste contexto, a capacitação e a qualificação do advogado, em um momento de intensa atuação da política, resultando em profundas transformações legislativas, como reforma trabalhista, previdenciária, tributária, dentre outras; ganha uma dimensão ainda maior do que a que já tinha”.
Por Andrei Aguiar
Em agosto, celebramos o mês da advocacia, em expressa menção à data de 11.08.1827, quando foram criados os dois primeiros cursos de direito no Brasil.
Uma classe que tem por objetivos legais, dentre outros, a defesa da Constituição Federal, da ordem jurídica do Estado democrático de direito, dos direitos humanos e da justiça social carrega, certamente, uma responsabilidade imensa, decorrente da sua própria atuação direta em lutas e conquistas históricas para o nosso país.
Entretanto, vivemos em um novo momento, onde a tecnologia tem transformado a vida das pessoas, proporcionando, sobretudo, um fácil acesso a uma enorme quantidade de informações reproduzidas quase que instantaneamente, além de novas rotinas para atuação profissional; tudo isso em tempos de grave crise financeira e polarização política, o que tem exigido um novo olhar para a advocacia.
A necessidade de verificação da veracidade das informações abundantemente colocadas à disposição de todos, exige uma atenção e um cuidado maior do advogado dos dias de hoje.
Válido ressaltar, também, que a luta institucional, em tempos de polarização política, requer uma maior firmeza das entidades representativas na defesa das prerrogativas profissionais, como forma de assegurar a importância do múnus público exercido pelo advogado.
Não é demais lembrar que as prerrogativas da advocacia, previstas na Lei Federal n. 8.906/94, não constituem um privilégio para a classe, mas sim o simples direito de exercerem a sua função social, livre de pressões, valendo-se unicamente das suas convicções técnicas, até mesmo para que possam entregar um melhor trabalho à sociedade.
Neste contexto, a capacitação e a qualificação do advogado, em um momento de intensa atuação da política, resultando em profundas transformações legislativas, como reforma trabalhista, previdenciária, tributária, dentre outras; ganha uma dimensão ainda maior do que a que já tinha.
O advogado do futuro, precisa estar devidamente capacitado e preparado para atuação em uma profunda transformação tecnológica, com ingresso da inteligência artificial, por exemplo; além de qualificado e antenado com as rápidas transformações legislativas e jurisprudenciais ocorridas no direito.
A Escola Superior de Advocacia do Ceará – ESACE tem entendido a importância da sua missão e buscado ampliar e diversificar a sua atuação, já tendo desenvolvido até o final de julho do corrente ano (portanto 7 meses), 152 cursos em todo o Estado do Ceará, atingindo a 6.311 alunos inscritos, abordando as mais diversas áreas de atuação, tratando de inteligência artificial na advocacia, mecanismos para gestão de escritórios, cursos práticos de audiência, atualização jurídica diante das modificações legislativas nas mais diversas áreas, etc.
Publicado em: https://www.focus.jor.br/a-importancia-da-qualificacao-na-advocacia-contemporanea-por-andrei-aguiar